sábado, 20 de março de 2010

Vínculos da Orientação Escolar a respeito da Língua Estrangeira como meio de promoção profissional para a vida do aluno.

A Orientação Educacional, historicamente, afirmava trabalhar o autoconhecimento e o conhecimento do mundo.
Como é que nós orientadores faziamos? Utilizávamos questionários, testes, inventários para levantar informações sobre o aluno e limitávamos o conhecimento do mundo à informação profissional. O que era informação profissional? Nós colhíamos informações sobre as oportunidades do mercado de trabalho, sobre as características das profissões, e as passávamos para o nosso aluno, considerando ser isso o conhecimento do mundo. Alguns de nós tentavam compreender os limites que o mercado colocava para os nossos alunos e se isso era o "dado de realidade", com o qual trabalhávamos, no sentido, de que os nossos alunos fizessem escolhas "mais realistas".
Atualmente, nessa ótica chamada de transformadora, o conhecimento do mundo não é mais informação profissional, mas o conhecimento concreto do mundo no qual os alunos vivem, no sentido deles compreenderem como é que os diferentes grupos se organizam, se expressam, se comunicam, lutam, quais as estratégias de luta e de sobrevivência, que são estratégias diferentes para cada grupo social. Para isso é preciso que o orientador educacional conheça a dinâmica social, para que seus alunos venham a conhecer também o que lhes possibilitará, futuramente, fazer opções e se organizar enquanto classe. Neste âmbito a orientação vocacional representa uma escolha ou o exercício de uma profissão cujas atribuições privativas são já previstas na Legislação Brasileira.
Contudo, o Orientador Educacional deverá atuar na coordenação das atividades relacionadas ao desenvolvimento vocacional do aluno elaborando e integrando a atuação dos professores da área específica de Língua Estrangeira Moderna tendo como objetivo instrumentalizar os alunos que tenham aptidão para entender melhor uma segunda língua e queiram aprender mais a esse respeito afim de conquistar, futuramente, espaço no mercado de trabalho.
Assim, para ser executado este plano deverá ser desenvolvido desde as primeiras séries do primeiro grau, e não apenas em séries finais, isto porque a orientação vocacional deve ser conduzida como uma sucessão de experiências de aprendizagem em tomadas de decisão.
Desde as primeiras séries do primeiro grau, certamente, pode-se fazer o reconhecimento das profissões exercidas primeiramente na escola e nas famílias dos alunos e, em séries mais adiantadas desse grau de ensino, na comunidade e fora dela. Tais atividades devem contar com a colaboração dos profissionais da área de Língua Estrangeira Moderna.
Na escolha profissional devem ser aproveitados para a sondagem de aptidões artísticas vários recursos e/ou eventos que ocorrem na escola como: a encenação de peças, ensaio da banda e fanfarra, preparo de festas, festivais de música popular internacional, organização de coral, exposição de pintura, fotografia, esculturas, festas cívicas, etc.
Em qualquer série ou grau de ensino, desde que adequadamente planejada, podem ser organizadas visitas a empresas ou locais onde profissões são exercidas ou cursos são ministrados.
Uma estratégia bastante usada em Orientação Vocacional consiste em convidar pais ou diferentes profissionais da comunidade para que venham à escola a proferir palestras, coordenar debates ou dar entrevistas sobre suas profissões. O mesmo pode ser feito em relação a ex alunos que teriam a oportunidade de discutir, com os atuais, suas experiências com o trabalho exercido ou cursos frequentados na área de Língua Estrangeira Moderna.
Prof. Mestrando: Angel Gabriel Andrade Aránguiz

Nenhum comentário:

Postar um comentário